Mais que bons Amigos -4-

Mais que bons Amigos -4-

Entramos no cinema e sentamos na seguinte sequência Henri no meio entre Graziele e eu e clarisse na ponta ao lado de Graziele. Enquanto passava o trailer do filme Henri e eu ficávamos comentando sobre os filmes que queríamos assistir, as cenas, principalmente as de ação, mas a todo momento éramos interrompidos por Graziele fazendo comentários “nada haver” bem sem noção mesmo. em alguns deles era inevitável nos entreolharmos um entendendo o como aquela garota era inconveniente.

_ Henri bem que a gente podia ir comprar pipoca com refri ne?

Pergunta Graziele alisando o braço de Henri que estava apoiado no descanso da poltrona. Henri tira o braço e diz a garota:

_ Pode ir!

De uma forma bem seca.

_ Henrique!

Exclama Clarisse, chamando a atenção do irmão.

_ O que foi? Só disse que ela poderia comprar a pipoca.

_ Você foi grosso garoto!

_ Foi mal, vou la comprar então. você quer Clarisse? 

_ Claro, mas vou querer da pipoca doce e uma coca grande.

Henri se levanta e diz olhando para mim.

_ Vem Toni, vamos la comprar antes que o filme comece.

_ Mas… mas eu pensei que iria so você e eu.

Diz Graziele.

_ Não precisa se preocupar linda. - Henri chega o rosto bem perto do rosto da garota olha dentro de seus olhos e então inclina se um pouco chegando a boca proximo ao ouvido dela e diz: Fica aqui de olho na minha irmãzinha e guardando nosso lugar que eu ja volto!

Saimos da sala deixando Graziele com o rosto todo vermelho.

_ E ai irmão fala logo o que você vai querer.

_ Não Henri obrigado, mesmo, mas não vou querer nada não.

Henre      Henri vem para atrás de mim me da uma gravata e bagunçando meu cabelo e diz:

Não quer nada? Como assim? Não quer porque? Não esta com fome?

_ N… não.

Respondo gaguejando.

_ Serio? Vai mentir para mim Toni?

_ Estou duro cara, você sabe.

_ Hummm duro é?

Diz Henri me encostando usando seu corpo contra o meu na parede e para minha surpresa colocando sua mão entre minhas pernas e apalpando meu pau por cima das calças.

_ Seu louco! Não estou falando disso cara, estou dizendo que estou sem dinheiro. Você ja pagou o ingresso para mim, a pipoca ja seria demais.

_ O que? uma pipoquinha demais para mim? você se esqueceu quem eu sou?

_ Não Henri, mas parece que você as vezes se esquece quem eu sou. Eu não tenho dinheiro como você.

_ Qual é Toni? Sou eu Henri, seu parça, seu irmão. Para com isso vai comer sim! Não vai ser uma pipoca que vai me deixar mais rico ou mais pobre.

_ Serio cara eu não vou aceitar.

Me mantenho firme.

_ Ai seu teimoso! Pelo menos a coca posso comprar para você?

_Ta tudo bem.

Respondo gostando de sentir aqueles braços fortes me laçando, o perfume de Henri. Por fim ele me solta me dando um tapinha na bunda. 

_ Me vê quatro cocas grande, uma pipoca doce, duas de sal com manteiga e baccon, ha e um saquinho dessas batatinhas também tudo grande.

Faz o pedido Henrique a atendente.

_ Toma segura.

_Mas Henri eu disse que não queria…

_ Essas não são para você, são para as garotas, você quer?

Fiquei vermelho de vergonha e morrendo de vontade de comer pipoca com aquele cheiro delicioso, mas me contive, ja tinha levado uma “sova” de minha mãe a poucas horas e não estava afim de ouvir mais falação.

_ Não tudo bem.

_ Voltamos para o cinema ja ia começar o filme entregamos as pipocas e refrigerantes para as garotas e tomamos nossos acentos.

Graziele agradeceu dando um beijo no rosto de Henri, quase beijando sua boca, mas este frio como sempre pediu para ela se ajeitar na poltrona ou iria acabar irritando os demais espectadores. Graziele mesmo não muito feliz se ajeita mantendo sua mão segurando na de Henri.

Meu amigo então coloca sua boca bem perto do meu ouvido e diz:

_ Ja que não quis comprar uma so para você pega aqui no meu saco, sei que era o que você queria o tempo todo. 

O olho com cara de espanto e o mesmo balança seu pote de pipoca para mim com sua cara de safado, pega em minha mão e a conduz para o seu pote de comida. Graziele vendo aquilo visivelmente fica com ciúmes e quando eu retiro minha mão com algumas pipocas e as como  a garota coloca sua mão no pote de Henrique.

_ Ei o que esta fazendo?

_ Pisiuuuuu!

Os outros espectadores do cinema reclamam. Em tom de sussurro a Graziele se justifica.

_ Estava apenas experimentando da sua pipoca.

_ Não tem necessidade, é da mesma da sua Toni não, vou dividir a minha com ele. 

Diz Henri.

_ Dou a minha para ele assim dividimos a sua o que acha?

Insiste a garota.

_ Acho melhor não!

Responde Henri.

_ Ei vocês dois, querem parar com isso ou daqui a pouco nos retiram daqui.

Diz Clarisse encerrando o assunto.

Henri começa a rir silenciosamente e me faz pegar novamente mais pipoca em seu “saco”.

O filme nos impressiona com as cenas de ação, suspense e luta, gritos e comentários no ouvido um do outro, nossas pernas roçando uma na outra deixando os pelos delas arrepiados assim como os de outros lugares. entreolhares, sorrisos estava tudo quase perfeito, quase! Graziele não se fazia esquecer sempre tentando entrar no assunto e claro sem nunca soltar a mão de Henri que fingia que ela nem estava ali. eu também queria fingir que ela não estava ali, mas para mim aquilo era mais difícil. 

Henri sempre engraçadinho em dado momento percebendo que eu iria com minha mão pegar mais pipoca tira o pote de entre suas pernas me fazendo ir direto com a mão… voces sabem onde, exatamente bem em cima de seu pau. tiro a mão rapidamente então o safado aproxima sua boca de meu ouvido e diz. 

_ Querendo comer banana no lugar de pipoca é?

_ Esta mais para amendoim!

Respondo o safado.

_ Se quiser experimentar para ver se esta salgadinho kkkk

_ Besta!

E cai na gargalhada causando novo protesto.

  O filme termina, saímos do cinema e por mim íamos embora mas as garotas e principalmente Henri quiseram tomar um lanche, Hamburguer claro.

Apesar de dizer que não queria eu estava faminto e não consegui recusar por muito tempo, parece que aquela pipoca so me deu mais fome. Mais uma vez Henri compra e paga tudo fico me sentindo um vendido, um nada, o que um cara como aquele iria querer comigo se eu não podia nem comprar minha própria comida em uma saída? O que eu poderia oferecer a alguém que poderia ter o que quisesse? Mesmo em meio a esses pensamentos cada vez que Henri me olhava e abria aquele sorriso encantador meu coração acelerava e eu não sabia mais disfarçar.


 

Continua…

 

Autor: Mrpr2