Mais que bons Amigos -26-

Mais que bons Amigos -26-

A semana passou corrida Henrique e eu não nos encontramos até porque estávamos sendo vigiados de perto por todos os lados. Ja sentiram aquela sensação de onde quer que você va mesmo não tendo ninguém por perto parece que tem alguém te observando? Pois era essa a sensação que eu tinha.

Era sábado à noite eu tinha ido jantar na casa de Priscila e Bruno estava lá, sem Clarisse pois seus pais tinham o requisitado para algumas questões da empresa. Quando eu estava indo embora Bruno para o carro ao meu lado e diz:

_ Entra!

_ Não precisa Bruno, minha casa é bem contra mão.

_ Quem disse que vou te levar para sua casa? Entra que o Henrique esta te esperando.

Diz Bruno. Confuso eu pergunto:

_  Henrique? O que o Henrique tem haver com isso?

_ Entra logo cara estamos perdendo tempo. 

Entro no carro e Bruno segue rumo a Lamparina Nova. Bruno me pede desculpas por ter encorajado o plano de eu namorar com sua prima, disse que não esperava que ela fosse realmente se apaixonar por mim e me pediu segredo em relação a me levar para ver Henrique escondido, ele e Henrique não queria que ninguém soubesse incluindo Clarisse que estaria la na exposição também.

Bruno me deixa na exposição e me diz para tomar cuidado para não ser visto por ninguém. Compro um chapel, curto os shows, vejos as barraquinhas, mas evito o stande da T&FCouro.

Após a apresentação na festa Henrique diz a Lorena que não esta se sentindo bem e por conta disso retornaria para sua casa. A morena diz que vai acompanha lo, mas o rapaz diz que não há necessidade e que ela como garota propaganda deveria continuar na festa divulgando a marca e que provavelmente no domingo ele estaria de volta.

Era tudo mentira, na verdade Henrique veio para a fazenda nova me encontrar pediu para a mulher do caseiro que caso o pai ligasse dizer que ele não estava e talvez esse tenha sido nosso erro.

_ Você é louco!

Digo ao ver Henrique, o abraço e beijo. Henrique me leva para a fazenda e lá transamos gostoso.

Monto em meu pião moreno ainda usando seu chapel de couro. Rebolo sentindo todo seu vigor dentro de mim. Henrique me joga na cama e me põe de quatro na cama e fica de pé, segurando em minha cintura mete gostoso em mim ate gozarmos. Cansados suados dormimos agarrados na cama de casal.

No domingo pela manhã Lorena liga para Olavo e pergunta como Henrique estava, se ele tinha melhorado. Estranhando a pergunta da moça, Olavo a questiona e decide ligar para o filho que assim como nas ligações de Lorena, não atende. Então o empresário decide ligar para a fazenda em Lamparina nova quem atende é o caseiro e o mesmo diz que Henrique estava sim na fazenda e não estava só estava acompanhado de um rapaz, no caso eu, mas que havia orientado a sua esposa a mentir caso o patrão ligasse negando que o rapaz la estava.

Olavo fica irritadíssimo partindo imediatamente para Lamparina nova, mais precisamente para sua fazenda.

Chegando la sem fazer muito barulho o patriarca entra na casa e vai direto ao quarto do filho e não encontra ninguém, mais irritado ainda já imaginando o que iria encontrar vai em direção ao quarto master da casa e ao abrir a porta encontra seu filho e eu dormindo de conchinha.

_ Henriqueeeeeeeee!!!!!!

Acordamos Henrique e eu assustados com o grito de Olavo.  Envergonhados e tentando encontrar uma peça de roupa ao alcance da mão já que por debaixo da coberta estávamos nus.

_ É o fim dos tempos, vocês só podem estar doentes mesmo! Dou um minuto para se vestirem e me encontrar no escritório!

Olavo fecha a porta e como foguetes pulamos da cama, procurando roupas e nos vestindo.

_ Calma amor, agora já está tudo descoberto, não há como fugir. Vamos encarar isso juntos.

Diz Henrique.

_ Mas Henrique é seu pai, estou com medo.

Digo a Henrique.

_ Toni, como minha irmã mesmo disse o que mais ele poderá nos fazer de mal, nos proibir de ficar juntos? Já fizeram isso.

Nos beijamos e fomos para o escritório.

_ Estou decepcionado com os dois, além de me trairem pelas costas, induzem as pessoas a mentirem para mim? Não se sentem envergonhados? E você Antônio? Sempre te tratei feito um filho, como pode fazer isso comigo?

_ Desculpe seu Olavo, não tive a intenção de ofendê- lo nem a sua família...

_ Não Toni, não tem que se desculpar pelo nosso sentimento. Quer saber a verdade pai? A verdade é que nós amamos e o senhor não pode fazer nada para mudar isso?

_ Não, não posso? Jarbas leve o Antonio de volta para Farol.

Diz Olavo, mas Henrique tenta impedir.

_ Não, daqui ele não sai sem mim.

_ Quer mesmo me desafiar seu bostinha? 

Diz Olavo se levantando e indo para perto do filho e em sua orelha sussurra.

_ A ordem é para leva lo em segurança para a casa dele, mas se preferir eu mudo a ordem. Prefere ver uma foto dele em um poste com os dizeres desaparecido?

_ Você não pode fazer isso, a polícia...

_ Na verdade quem vai ter que explicar o paradeiro dele para a polícia será você, já que foi o último que foi visto junto com ele vindo para cá. Quando eu cheguei aqui só encontrei você, não foi Jarbas?

_ Foi sim senhor.

Responde o caseiro.

_ Policia?

_ Pergunta Toni sem entender nada, pois ele não escutou o que meu pai me disse. Henrique encara o caseiro e diz fazendo cara feia.

_ Eu sei quanto tempo leva daqui ate a casa dele, se algo acontecer com ele...

_ Não vai acontecer nada, o Antônio vai chegar são e salvo e assim continuará se vocês se comportarem. Agora vai!

Diz Olavo

O caseiro pega firme em meu braço, Henri já se aproxima com fúria, mas antes que o filho faça algo, Olavo pede para Jarbas me soltar dizendo que não havia necessidade.

O caseiro me escolta até o carro e me leva de volta para Farol. Confesso que aquelas foram algumas das piores horas da minha vida.

_ Ok você não me deixa outra escolha então...Que tal se eu mandar a mãe do seu... "Amigo" embora?

Ameaça Olavo.

_ Acha que ela vai continuar trabalhando para vocês depois de tudo isso?

_ Não vejo porque ela nós deixaria, duvido que ela seja a favor do filho bixinha e será muito menos depois de ser despedida e eu fazer com que ninguém dessa cidade ou região a contrate.

_ Você não pode fazer isso, não teria como.

_ Esta cidade é pequena, assim como as da região, acha que eu não conheço todas as famílias com posses que poderiam contratar a Sueli? Tem certeza que qualquer um deles se recusaria a me ouvir?

_ Pai... Não...

_ O pai do Antônio é caminhoneiro não é? Ja pensou se um acidente acontecesse em uma dessas estradas mal cuidadas. Não melhor, que tal se com uma denúncia anônima a polícia descobrisse algo ilegal sendo transportado pelo pai do seu amiguinho? E ele ser jogado em uma cela? Imagina, pai preso, mãe desempregada, com certeza desempregado tambem, pois eu cuidaria para que nem um buteco de quinta categoria contratasse um viado como aquele!

_ O senhor não seria capaz de fazer essas atrocidades.

Diz Henrique se tremendo de raiva deixando uma lágrima escorrer de seus olhos, imaginando o pai fazendo tudo o que acabara de contar e todo o sofrimento decorrente. 

_ Eu não seria capaz? Não seria? Quer apostar? Você não tem ideia do que eu sou capaz de fazer, principalmente por mim, pela minha família. Eu faria qualquer coisa para impedir a destruição dessa instituição que eu conquistei com tanto esforço.

_ Mesmo que isso acabe por nos fazer infelizes?

_ Pelo contrário, o que eu mais quero é a felicidade de todos vocês, a da sua mãe, irmã, minha e ate mesmo a sua.

_ Eu não acredito nisso! O senhor sabe que eu o amo, que só serei feliz ao lado dele, como que o senhor quer a minha felicidade destruindo meu relacionamento, o amor da minha vida e a família dele?

_ Garoto larga de ser infantil, amor como esse você ainda tera de milhões na vida. Acha que sua mãe foi minha primeira namorada? Eu nem me lembro o nome da primeira que eu fodi, foram tantas que ate perdi as contas. E com você não será diferente.

Depois de muito sermão Henrique sai enfurecido da fazenda pega seu carro e dirige feito louco até Farol. Henrique vai direto para minha casa, mas na porta vê Jarbas dentro do carro que acena para o filho do patrão dizendo que não é para ele entrar ou ficar ali.

Henrique acelera a camionete e vai embora para sua casa.

_ Olivia o Henrique em breve chegara, não permita que ele saia de casa esta de castigo.

_ Castigo? Como assim Olavo nosso filho tem dezoito anos, não oito.

_ Conversamos quando eu chegar.

Diz Olavo que desliga o celular bem na hora em que Henrique entra feito um furacão casa a dentro indo direto para seu quarto.

Olivia chama em vão por seu filho e o segue. Bate na porta do quarto, mas não é atendida.

Henrique senta na cama e me liga:

_ Atende, atende, por favor atende!

_ Alô, Henrique!

_ Meu amor esta tudo bem? Ele fez algo com você? Se aquele cara tocou um dedo em você eu juro que...

_ Calma Henri estou bem, ele não me fez nada e com você, tudo bem?

_ Tentei te ver assim que cheguei, mas o Jarbas estava na frente da sua casa.

_ Ele ainda esta aqui. Meu pai esta uma fera, estou com medo Henri.

Ao fundo Henrique ouvia os gritos do meu pai que não so gritava, mas jogava e quebrava as coisas de dentro de casa enquanto minha mãe chorava e pedia para ele parar.

Eu chorava de um lado do telefone e Henrique chorava do outro. Nosso mundo estava se desmoronando diante dos nossos olhos e não sabíamos o que fazer.


Continua...


Autor: Mrpr2