Mais que bons Amigos -22-

Mais que bons Amigos -22-

Amanheceu, mas eu mal consegui pregar os olhos a noite, sempre me vinha a cabeça Priscila me beijando e Henrique furioso. por mais que eu tivesse respostas prontas em minha mente que diziam que eu nada de errado tinha feito meus sentimentos de culpa eram mais fortes.

Depois de muito rolar na cama de um lado para o outro, abri meus olhos, peguei meu celular e fiquei encarando a foto de Henrique do perfil do whatsapp eu queria ligar, mas estava sem coragem para isso. 

Enquanto isso na mansão Telles, Henrique também encarava seu celular. Inquieto jogava seu celular na cama  andava de um lado para o outro  no quarto pegava novamente o celular e repetia o ritual querendo me ligar, mas também sem coragem e irritado.

Controlando meu medo de uma possível discussão, engolindo meu orgulho liguei. Mal o celular tocou Henrique atendeu e juntos falamos ao mesmo tempo:

_ Precisamos conversar!

Henrique então diz:

_ Ja passo ai me aguarda na esquina da rua de baixo.

 Henrique joga o celular na cama, troca de roupa, pega suas chaves e sai.

_ Henri preciso conversar com você....

_ Agora não Clarisse.

_ Aonde você vai.

_ Estou saindo e sem hora para voltar!

Grita Henrique já fechando a porta da sala.

Minutos depois Henrique chega ao seu destino, para o carro e fica treinando o que vai dizer ao me encontrar, mas assim que me vê atravessando o terreno baldio, todos os pensamentos mudam. Henrique para de bater no volante e agora só o aperta, ansioso.

Meu namorado abre a porta, eu entro no carro e esperando que ele fale algo com relação ao beijo me preparo mentalmente para me defender, mas sou surpreendido com sua atitude. Henrique simplesmente me abraça forte e me beija. Me solta, liga o carro e começa a dirigir.

_ Quer ir a algum lugar?

Me pergunta Henrique.

_ Aonde você quiser, estou com o dia livre.

Henrique liga para a fazenda, mas ninguém atende então liga para o celular do caseiro que diz estar na cidade vizinha na casa dos sogros e que voltariam a tardezinha. Com um sorriso enorme no rosto Henrique desliga o celular passa em uma quitandaria compra algumas coisas  e segue para a fazenda.

_ Tudo so nosso!

Diz Henrique abrindo a porta da sala da sede da fazenda.

_ Tem certeza Henrique, não é arriscado virmos aqui só nós dois depois daqueles boatos e da desconfiança de nossos pais?

_ Meus pais não viram hoje e os caseiros não estão relaxa que hoje seremos só nós dois. 

Diz me abraçando meu namorado e me pergunta o que eu gostaria de fazer, respondo que andar de cavalo e la vamos ao estábulo. Escolhemos nossos cavalos e começamos. Primeiro uma corrida para relembrar nossas velhas disputas. Depois de algumas vezes disputando Henrique novamente leva a melhor ele sempre foi melhor que eu em cavalgada de velocidade. Devagar vamos ate o rio. amarramos os cavalos em uma árvore e ficamos na beira com os pés descalços dentro da água fria. 

_ Por mim eu morava aqui.

Digo a Henrique. que responde:

_ Ao seu lado eu moraria em qualquer lugar.

Nos beijamos e depois eu pergunto.

_ Será que se conversássemos com nossos pais francamente, dizendo como nos sentimos, será que eles não permitiriam que ficássemos juntos? Não preciso dizer a mais ninguém, não preciso sair divulgando ao mundo.

_ Acho que eles não permitiriam e sei que mesmo quando nos tornarmos independentes não será fácil assumir nosso amor, quanto a divulgar ao mundo confesso que tenho um conflito dentro de mim mesmo as vezes penso em não contar a ninguém e em outros momentos tenho o desejo de nos expor para todo mundo saber que você é meu e que ninguém, nenhuma outra pessoa pode chegar perto.

_ Hummm possessivo! kkk

_ Sou mesmo! Se eu pudesse te guardava em um potinho só para mim. Você não sabe o quanto me doeu ver aquela garota te agarrando, beijando no meio da praça de alimentação.

_ Ela não estava me agarrando, estávamos dançando e quanto ao beijo, juro que ela me pegou desprevenido, na verdade fiquei até sem reação quando aconteceu. Por outro lado você sentiu só uma pontinha do que eu sinto, porque você está sempre aos beijos com a Lorena.

_ Haaaa é horrível esse sentimento, queria nunca mais sentir isso. Chega! Não quero mais falar dessas coisas, chega de Lorena, chega de Priscila. quero so você eu eu aqui. xo, xo xo! 

_ kkkkkkk 

Caio na gargalhada vendo Henrique falar agitando os braços como se realmente estivesse espantando algo ou alguém.

Henrique se levanta e começa a tirar sua roupa.

_ O que está fazendo?

Vou entrar no rio.

_ Não, está muito frio.

_ Ha vem já estamos aqui, vamos aproveitar, não sabemos quando poderemos ter essa paz novamente.

Henrique entra na água, da um mergulho, emerge e começa a me jogar água. começo a gritar e a pedir para ele parar. Henrique sai da água e começa a correr atrás de mim. como duas crianças crescidas começamos a correr pelo mato Henrique finalmente me alcança me pega nos braços e me leva até o rio me ameaçando a jogar na água, grito para ele não fazer que estou de roupa e não tenho roupa seca para trocar.

Meu namorado me põe no chão e me ajuda a tirar minha roupa e nus entramos na água. Muito fria, mas aos poucos vamos nos acostumando. ficamos jogando água um no outro apostando quem chega primeiro em um determinado ponto do rio, nos divertimos bastante. saímos da água e ficamos nos esquentando no sol até a fome apertar, nos levantamos e cavalgando voltamos para a sede da fazenda. 

Na cesta comemos muitas coisas gostosas que Henri comprou e depois ficamos agarradinhos Henrique em baixo e eu por cima dele na rede colocada na varanda.

_ Amo ficar assim agarradinho com você, sabia? Você é tão quentinho, é tão bom ficar ouvindo a batida do seu coração.

Digo deitado sobre o peito peludo de Henri acariciando seus pêlos, ouvindo seus batimentos cardíacos.

_ Também gosto, amo ficar sentindo seu cheiro.

Diz Henrique cheirando meus cabelos, Acariciando meus braços.

 

Continua…

 

Autor: Mrpr2